quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Outra vez não teve sessão, mas não faltou emoção

Apesar de não haver sessão mais uma vez, não podemos dizer que faltou emoção nesta quarta-feira na Câmara Municipal de São Paulo. Também é preciso registrar que até havia quórum para ocorrerem as sessões (ordinária e extraordinária), mas o que falta mesmo é entendimento político.

Os irmãos Tatto, vereadores Jair e Arselino, protagonizaram momentos de tensão nas reuniões das comissões permanentes de Finanças e Justiça, respectivamente. A tarefa de defender a gestão Haddad, no apagar das luzes, não está fácil.

Um requerimento aprovado para que o Secretário de Serviços, Simão Pedro, preste esclarecimentos à Comissão de Finanças e Orçamento sobre declarações de um suposto rombo orçamentário foi o estopim para o barraco protagonizado por Jair Tatto. Sem saber o que tinha sido aprovado na sua ausência, disparou contra os colegas de comissão acusando-os de "golpistas", o discurso pronto da cartilha petista.

Já o irmão mais velho e líder do Governo, Arselino Tatto, bateu boca na Comissão de Constituição e Justiça por conta de projetos que estavam pendentes de votação e voltariam a ser avaliados na mesma reunião pelos vereadores. Adivinhe o argumento... "Golpe", é claro!

Do lado oposto, na bancada do PSDB


O líder do PSDB, vereador Aurélio Nomura, acusa a base de apoio do prefeito Haddad de tentar aprovar no desfecho da gestão aquelas chamadas "cascas de banana" para a futura administração.

Um exemplo seria uma proposta de Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Município que, na prática, segundo Nomura, extinguiria a Secretaria de Negócios Jurídicos. Esse é um dos entraves para a pauta andar...

Disputa pela Presidência da Câmara

O favoritismo de Milton Leite (DEM) como candidato à Presidência da Câmara em 2017 e as articulações para viabilizar seu nome na base de sustentação do futuro prefeito João Doria ganharam um capítulo à parte nesta quarta-feira.

Vereadores do PSDB teriam se reunido para declarar apoio à candidatura de Milton Leite, o que provocou uma crise interna com o colega Mario Covas Neto, presidente municipal do PSDB e um dos presidenciáveis da bancada.

Zuzinha já declarou que não concorda com o voto no colega do DEM por entender que a Presidência da Casa deve ficar com o partido que tem a maior bancada: ou seja, o PSDB, que elegeu 11 vereadores.

É o critério normalmente adotado na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa etc. Se bem que, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o próprio DEM já abriu exceção com a presidência de Rodrigo Maia.

Essa briga ainda vai render...